Em motos, veículos de tração, bicicletas e quadriciclos, centenas de trilheiros percorreram 120 km nas proximidades da Chapada das Mesas, no 11º Enduro do Cerrado, no município maranhense de Carolina. O evento esportivo abre o calendário turístico da cidade. Dentro de sua política de incentivo ao turismo e à prática saudável do esporte regional nos 12 municípios alcançados pelas obras da Usina Hidrelétrica Estreito, o Consórcio Estreito Energia (Ceste) apoiou mais esta edição do Enduro do Cerrado, que não possui caráter competitivo.

Praticantes e simpatizantes do Enduro do Cerrado começaram a ocupar as ruas de Carolina logo na manhã de sábado. Durante à tarde, um trecho da Avenida Getúlio Vargas (Centro) foi interditado para a exibição de manobras radicais em motocicletas.
No domingo pela manhã, logo cedo, trilheiros do Maranhão, Tocantins, Pará, Piauí, Goiás e do Distrito Federal começaram a chegar ao ponto de partida do encontro esportivo. Por volta das 9h, o organizador do Enduro do Cerrado, João Batista Cabral Assis - mais conhecido como João Boneco -, começou a convidar os participantes a se organizar para a saída.
“Quero aqui agradecer a participação de todos e antes de sairmos, amigos, vamos pedir as bençãos e proteção de Deus”, disse convidando a todos para rezar um “Pai Nosso”. Às 9h30, João Boneco autorizou a saída dos trilheiros para o percurso de 120 km na Chapada das Mesas. Segundo ele, mais uma vez o Enduro do Cerrado pode ser considerado “um sucesso”.

Já passavam das 15h quando os primeiros participantes do 11º Enduro do Cerrado começaram a chegar em Carolina. Ao redor da Praça Alípio de Carvalho, em frente à Prefeitura Municipal, milhares de pessoas aguardavam o retorno dos trilheiros em meio a potentes carros de som automotivos.
O designer de Araguaína (TO), Raimundo Ferreira, é praticante de enduro há cinco anos e participou pela primeira vez do Enduro do Cerrado, em Carolina. “A trilha é muito boa, passamos por locais muito bonitos e com certeza vale a pena participar”, opinou.
A beleza da trilha apontada por Raimundo é ressaltada pelo autônomo e morador de Porto Franco (MA), Eduardo Santos. Ele conta que em sete anos de trilhas, participa há três do Enduro do Cerrado, motivado pelo cenário do percurso. “A trilha é muito bonita e agradável. Com certeza, a organização e os apoiadores do evento estão de parabéns”, destaca.

“Desde a nossa chegada na região, o Ceste sempre buscou incentivar e apoiar eventos que venham contribuir com o reconhecimento das potencialidades turísticas e econômicas dos municípios alcançados pelas obras da Usina de Estreito”, assegura a Gerente de Projetos Econômicos do Ceste, Cassandra Gelsomino Molisani. Ela acrescenta que o Enduro do Cerrado, um dos mais importantes eventos de Carolina, tem se mostrado como um importante instrumento de divulgação das belezas do município e por isso tem contado com o apoio do Ceste há três edições.
O prefeito de Carolina, João Alberto, diz que o poder público tem sido um grande parceiro do evento por reconhecer a sua importância para divulgar a cidade e também incrementar a economia do município durante a sua realização. “Temos nos estruturado melhor a cada ano para que mais modalidades esportivas e turistas sintam-se atraídos para conhecer as nossas belezas naturais e arquitetônicas”, garante.

Economia

Em meio a motos, carros traçados e quadriciclos, muitos moradores de Carolina viram no Enduro do Cerrado a oportunidade de incrementar a renda familiar.
As donas de casa Jardiana Leal de Oliveira e Sônia Maria Ferreira dos Santos montaram barraca próximo à Praça Alípio de Carvalho, onde vendiam lanches. As duas estavam satisfeitas com o que tinham apurado até o meio da tarde de domingo. “Este mês, pelo que vendi até agora, vai dar pra acrescentar cerca de 20% da renda em casa”, estimou Jardiana. Sobre o evento, Sônia Maria enfatizou a importância dele para a cidade. “Dá uma oportunidade a mais para os moradores terem uma renda extra”, afirmou.
A estudante Jaqueline Moreira também aproveitou o Enduro do Cerrado para aumentar a sua renda. Ela preparou camisetas e lanches para vender. “Valeu a pena trocar dois dias de folga por essa trabalheira toda”, comentou entre um atendimento e outro.