Unidade demonstrativa do Programa de Lindeiros é instalada em Barra do Ouro

Representantes do Consórcio Estreito Energia (Ceste) estiveram reunidos com produtores rurais e autoridades municipais na Fazenda Recanto, em Barra do Ouro (TO), para a implantação da primeira Unidade Demonstrativa do Programa de Apoio à Comunidade Lindeira e à Produção Familiar de Subsistência. Promovido e financiado pelo Ceste para viabilizar e encontrar alternativas para a manutenção das atividades agrícolas pelos lindeiros (população que vive e planta na beira do rio) o programa prevê a implantação dessas unidades nos municípios da área de influência direta da Usina Hidrelétrica Estreito (UHE Estreito), nos estados do Maranhão e Tocantins.

As Unidades Demonstrativas são na verdade propriedades-modelo do Programa de Apoio à Comunidade Lindeira e à Produção Familiar de Subsistência. Ali, os produtores rurais irão conhecer os resultados já alcançados pelos agricultores que, voluntariamente, integram o programa, assim como receber orientações técnicas para os seus cultivos. “O nosso trabalho é de orientação e capacitação técnica para a manutenção da atividade agrícola desses produtores, mas agora em um novo cenário”, explica Maria da Conceição Pessoa, analista de projetos econômicos do CESTE..

A meta do Programa é aprimorar a cultura de subsistência (plantação de arroz, milho, feijão, mandioca, por exemplo, para consumo próprio), hoje praticada pelos lindeiros, à nova realidade que surgirá com a formação do reservatório da UHE Estreito, considerando as condições dessas famílias (baixa renda, idade avançada, pouca ou nenhuma escolaridade) para as orientações, de forma a garantir também melhor qualidade de vida a elas.

Vale ressaltar que o Programa de Apoio à Comunidade Lindeira e à Produção Familiar de Subsistência prevê a potencialização do trabalho que os lindeiros já realizam e não impede, nem influencia para que esses produtores mudem suas culturas. “Observamos se há ou não possibilidade de mudanças, caso seja esse o desejo do produtor. Havendo, orientamos para a melhor forma dele conduzir o cultivo e, do contrário, o alertamos”, comenta o técnico em agropecuária Carlom Gomes da Silva, que participa do programa.

Dia de Campo - Na prática, os participantes da reunião puderam ver os resultados iniciais do programa na Fazenda Recanto, de propriedade do senhor João Chaves.

Em uma área de cinco hectares ele cultivou arroz, milho e mandioca. Em 1,5 hectares, o agricultor aplicou as orientações recebidas pelos técnicos do programa e, no espaço restante, plantou adotando as técnicas habituais. Na área onde o solo foi corrigido (aplicado adubo), a sua produção foi, aproximadamente, 30% superior a outra.

Junto com sua esposa, Maria Santa, João Chaves exibia sua satisfação com o programa. “Com certeza a mudança foi muito boa. Integrar o programa faz diferença, porque estamos aprendendo muito”, disse o agricultor. “No ano passado nós tivemos pouco arroz. Agora, já houve uma melhora muito grande no plantio”, completou Maria Santa.

A gerente de Projetos Econômicos do Ceste, Cassandra Gelsomino Molisani, afirma ser este um dos projetos mais importantes promovidos pelo Consórcio Estreito Energia, pela sua inovação e desafio. “A gente respeita muito a tradição local e associar a ela um conhecimento moderno e acessível a esses pequenos agricultores, estimulando o seu crescimento, é um bom exemplo disso. Para o Ceste é muito importante ver, saber da melhora na qualidade de vida dessas pessoas”, fala.

Acompanhado de secretários municipais, o prefeito de Barra do Ouro, Gilmar Cavalcante, acompanhou atentamente as explicações sobre o Programa de Apoio à Comunidade Lindeira e à Produção Familiar de Subsistência. Para ele, a ação pode fortalecer a economia do município. “Os lindeiros produzindo e vendendo no município vão desenvolver uma cadeia positiva para nossa população, que não precisará mais comprar produtos de outros locais”, opina.

Presente na reunião, o agricultor Neuzy Ferreira, 60, disse estar feliz e satisfeito com o que viu e ouviu. “O agricultor precisa, especialmente nos dias de hoje, ser orientado para fazer melhor uso de sua terra. Se todos os agricultores do país pudessem participar de um projeto assim, com certeza o nosso país seria um grande produtor”, finalizou.

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